E proibiram amar. Muitos fitaram o ar, perderam a luz nos olhos e continuaram a caminhar, perdendo as cores a cada passo. A multidão tornou a cidade mais cinza. O vento frio levou suas almas.
Alguns prosseguiram, como se nada tivesse acontecido; o amor dentro deles já havia morrido há muito tempo. Talvez uma tragédia, talvez a negação, talvez a falta.
Ela olhou nos olhos dele. Ele olhos nos olhos dela. A água nos olhos. A boca seca.
- Andaremos separados, até que possamos nos encontrar. Até que essa loucura toda passe. Até que alguém precise amar novamente. – disse ele.
E andaram. Andaram sem caminho. Andaram sem chão.
Após dias, quilômetros e lágrimas, se encontraram. Se abraçaram e o mundo pareceu mais puro naquele instante. As bocas salivavam por um encontro.
Se encontraram e ela murmurou:
- Adeus. O mundo não é lugar para amantes. Não mais.
- Adeus. – disse ele silenciosamente.
Ele voltou a andar. Andou até perder a alma. Andou até o mar e continuou a andar até que seus pés não fossem mais necessários. A água de seus olhos. A água do mar. A água.
2 comentários:
sempre acho que o que é triste é sempre bonito. coisas felizes são só... felizes. enfim. só não chorei porque não levei o texto 'a sério' (sem ofenças), mas só porque se eu o fizesse, eu choraria. ai, tá, chega haha.
lerei seu bloguezito, doce de leite :)
ps: foi você que escreveu? (com medo)
Ô meu Deus, minha filha, meu orgulho. *escreve tão bem* auhauahu
Adorei o texto tokita. Cheio de sentimento, carregado. :)
bjo! te amo!
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